A Harley-Davidson revisa suas políticas woke após receber forte reação negativa de motociclistas

A agenda woke, é adotada por muitas empresas para promover justiça social, diversidade e inclusão, ela tem buscado alinhar marcas a valores progressistas e uma sociedade mais consciente das desigualdades. A Harley-Davidson implementou iniciativas para incluir grupos marginalizados e adaptar sua comunicação e marketing, refletindo uma gama mais ampla de identidades e experiências. No entanto, essas mudanças não foram bem aceitas por muitos clientes tradicionais, que sentiram que a marca estava se afastando de seus valores centrais de liberdade, rebeldia e independência.

"woke": termo associado a políticas progressistas que promovem igualdade racial e social, feminismo, direitos LGBTQIA+, pronomes de gênero neutro, multiculturalismo, vacinação, ativismo ecológico e direito ao aborto.

A Harley-Davidson decidiu abandonar suas iniciativas "progressistas" e encerrar suas políticas wokistas. A empresa é mais uma gigante norte-americana a se afastar do politicamente correto. Nos últimos seis anos, a Harley participou da campanha DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão), que promovia a contratação e promoção de grupos identitários como mulheres, negros, trans, idosos e pessoas com deficiência.

No entanto, essas políticas geraram crises e prejuízos, pois os departamentos DEI, muitas vezes de forma autoritária, exigiam que essas contratações e promoções priorizasse esses grupos, mesmo quando os candidatos não tinham as qualificações necessárias. Isso resultou em perdas para a empresa e problemas na produção.

Em uma declaração publicada no X, a empresa de motocicletas disse que "trouxe a alegria do motociclismo para motociclistas do mundo todo, não importa quem eles sejam, de onde venham ou no que acreditem". 
No entanto, está "triste com a negatividade nas redes sociais nas últimas semanas, criada para dividir a comunidade Harley-Davidson".

A marca esclareceu que iniciou uma revisão interna de stakeholders no início deste ano para melhor alinhar as atividades da empresa às necessidades de seus negócios e comunidade. Com base em sua revisão, a marca disse que não opera uma função DEI desde abril de 2024 e não tem uma função DEI hoje.

A Harley-Davidson se tornou alvo de críticas nas redes sociais, com ataques e tentativas de cancelamento por parte de militantes identitários. Em resposta, a empresa declarou no X que não tem mais cotas de contratação ou metas de gastos com fornecedores diversificados, o que gerou revolta entre os defensores do movimento woke. A empresa reafirmou seu compromisso com a diversidade, mas destacou que não se afastará dos valores fundamentais que motivaram sua base de fãs leal ao longo dos anos. 

Em 23 de julho de 2024, a Starbuck postou uma lista de reclamações contra a Harley-Davidson no X, alegando "expor" a marca e que ela "ficou totalmente desperta", "Para dizer o mínimo, a Harley-Davidson parece ter esquecido quem são seus principais clientes. Não acho que os valores corporativos reflitam os valores de quase nenhum motociclista da Harley-Davidson", disse Starbuck. "Os motociclistas da Harley querem que o dinheiro que gastam na Harley seja usado mais tarde pelas empresas para promover uma ideologia diametralmente oposta aos seus próprios valores?", ele acrescentou. Starbuck então incentivou os clientes a ligar para a Harley-Davidson para compartilhar suas ideias.

Outras empresas: John Deere e Tractor Supply, também anunciaram a dissolução de seus departamentos de diversidade e inclusão, seguindo o exemplo da Harley. A John Deere, por exemplo, informou que não participa mais de eventos externos de conscientização social ou cultural, como paradas e festivais. Até empresas como a Marvel, que antes eram fortes defensoras dessas políticas, estão reavaliando suas estratégias. O que começou como uma busca por justiça social se transformou em uma ferramenta extremista e ditatorial, e muitas empresas estão se afastando dessa abordagem.

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